12 de janeiro de 2010

Fragmentos do livro "A eternidade e o desejo" de Inês Pedrosa



"O que se vê nunca se pode narrar com rigor. As palavras são caleidoscópios onde as coisas se transformam noutras coisas. As palavras não têm cor- por isso permanecem quando as cores desmaiam"

"Conheceu Deus o seu ser, a sua grandeza, a sua infinidade, a sua omnipotência; e o parto que saiu deste imenso conceito de si mesmo, foi outro ele; outro mesmo foi e é o Verbo, tão grande, tão imenso, tão infinito, tão omnipotênte, tão Deus como o mesmo Pai. A imagem mais perfeita, a proporção mais ajustada, e a medida mais igual da obra, é o conhecimento de si mesmo em quem a faz"

"E como o primeiro efeito, ou a última disposição do amor, é cegar o entendimento, daqui vem que isto, que vulgarmente se chama amor, tem mais partes de ignorância; e quantas partes tem de ignorância, tantas lhe faltam de amor. Quem ama porque conhece, é amante; quem ama porque ignora, é néscio. Assim como a ignorância na ofensa diminui o delito, assim no amor diminui o merecimento. Quem ignorando ofendeu, em rigor não é delinquente. Quem ignorando amou, em rigor não é amante"

2 comentários:

Miguel Del Castillo disse...

só cresce minha teoria de que os portugueses estão muito na nossa frente em termos literários (contemporaneamente falando...), hehe. Já fiquei com vontade de ler!

Sândrio cândido. disse...

talvez os portugueses estãomesmo avançados,mas não se podenegar que o nosso pais houve pessoas que souberam muito bem fazer um literatura que dá prazer em ler.