13 de novembro de 2009

A instrução dos amantes - Inês Pedrosa

Esses dias terminei de ler "A instrução dos amantes" de Inês Pedrosa, conhecia pouquissímo sobre essa escritora portuguesa e não sabia muito além de que é portuguesa e escritora. Confesso que me surpreendi com o romance, é de uma delicadeza minuciosa e além disso fala sobre os conflitos da adolescência com muita maturidade.
 Todos os livros que leio, salvo raros, são sublinhados, gosto de marcar as frases que marcam o instante da minha leitura, pois volta e meia retorno a folheá-los somente para reler as frases e ver se elas ainda fazem tanto sentido como faziam na época que as destaquei. Segue abaixo algumas frases desse livro que me tocaram:

"As viagens são pretexto desse medo maior que é o de não podermos fugir de nós. Viaja-se como se dorme"

"Não soube quantas horas ficou sentada naquela rocha, porque subitamente o tempo aparecera para apagar os traços domésticos da existência. Perdeu o domínio do mundo e sentiu-se embriagada por um riso estranho, interior, que não tinha qualquer relação com o seu velho hábito de rir"

"E sentia a voz longínqua o avô Matias, pedindo-lhe que não exigisse respostas humanas para o que não é humano"

"O sublime cintila no centro da vulgaridade"

Boa leitura!

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