26 de novembro de 2009

As voltas



Saí para onde era o dentro de alguns
Gritei no abafado do barulho
Sorri pra chorar depois
Fui diferente na enchente de diferenças semelhantes
Corri pro lugar de quem foge
Sonhei com o que já foi e vai ser de novo
Repeti alguém de alguém que será de alguém
Escondi o que foi escondido e achado
Fiz com o que já foi feito
Usei a matéria prima da matéria prima
Destruí pra reconstruir
Olhei e fui olhada pra depois esquecer o que olhei

E de todas as voltas que dei, alguma restou
não voltou e nem tornou
e então entendi que ficou o que será, virá e assim como essa tola rima, permanecerá.

Um comentário:

paulinho disse...

algo há nas voltas do mundo que não sejam as voltas do mundo... ainda que seja arte.