26 de agosto de 2009

ósculo:

na tua santidade
me deleito

no seu leito
eu te sorvo

na graça
te absorvo

Um comentário:

Carlos disse...

Eu estava pensando com os meus botões e , de fato, este e outros textos me confirmaram o que pensara.
eu sinto que em parte do que você escreve parece haver uma orla sagrada, algo como um sentido santidade. me explico:
você fala bastante de uma experiência quase religiosa que surge do contato com a matéria, com as coisas e as pessoas. Assim, o teu olhar poético se deita sobre tudo, elevando-o não propriamente a uma transcendência, mas a uma percepção mais aguda e quase mística da materialidade do objeto que está em questão.
E neste texto, a santidade, a graça, estão, em exato, na medida do corpo, através do beijo.

Você está me impressionando cada vez mais...parabéns pelo texto!

Beijos,

Carlos-boi.